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As nossas necessidades

Raras são as vezes que escolhemos uma profissão por acaso. Muitas das vezes a profissão que desempenhamos satisfaz algumas das nossas necessidades emocionais, o que necessariamente não é mau. Contudo quando pensamos na intervenção na área social, devemos ser mais atentos a este processo. Quais as necessidades que esperamos satisfazer? Como é que vimos o nosso papel?

É com frequência que vimos pessoas nas instituições de acolhimento à espera de reconhecimento e gratidão por parte das crianças. Não é estranho face ao investimento nelas depositado. É sempre melhor esperar gratidão do que coisas “piores”. Mas na verdade, por vezes, percebemos que o que move as pessoas não é a capacidade de se darem em uma, duas, três relações, mas pelo contrário de preencherem o próprio vazio pessoal com dez, quinze miúdos. Neste sentido, é importante compreender que alguns não andam por estas bandas pelas crianças, mas principalmente para tentar satisfazer um necessidade pessoal.

Estas pessoas precisam de ser trabalhadas e apoiadas, e são normalmente as primeiras a "estoirarem" psicologicamente. A final a gratidão é um bem escasso nesta área e é bom que assim o seja.

PVS