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Therapeutic Community Open Forum

O movimento das Comunidades Terapêuticas parece estar a recuperar uma vitalidade que faz lembrar a reforma na área da saúde mental dos anos 60. A ideia de Comunidade Terapêutica desenvolvida inicialmente nos momentos que antecederam a guerra com o conceito de terapia pelo meio, e posteriormente no período da Grande Guerra com as experiências de Northfield, parece estar a voltar numa certa contraposição a modelos do tipo “Quick Fix” alicerçados em farmacoterapia. A ideia de Comunidade Terapêutica assenta no princípio que a responsabilidade partilhada e a voz dos utentes (clientes), são dois elementos centrais para qualquer processo terapêutico. Tom Maim lembrou por diversas vezes que o pior elemento iatrogénico do hospital psiquiátrico e a desresponsabilização dos utentes e a consequente alienação da realidade.

A ideia de Comunidade Terapêutica, não é nem nunca foi a ideia de medicalizar a intervenção psico-social ou psicopatologizar. Pelo contrário é no movimento das Comunidades Terapêuticas que encontramos a génese da intervenção psico-social enquanto intervenção geradora de mudança e a (des)psicopatologização dos utentes acompanhada pela devolução de uma voz e uma responsabilidade real sobre a vida do hospital ou da unidade terapêutica.

Um bom exemplo deste movimento de revitalização é o site wiki: Therapeutic Communities Open Forum, com uma rádio associada da qual é possível realizar diversos podcasts de conferências e diários de bordo.